quinta-feira, 25 de outubro de 2007

pouco

pedi que fosse pouco,
bem pouco, mas de tão pouco
eternamente se acabou.

guardei!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

***Hoje deu vontade estranha

Vontade...
Só vontade...

De ser mais mais um que apenas dança
De ter olhos fechados por instantes infinitos
De ser mais um dos tolos aflitos
E apenas girar..

Um pra lá, dois pra cá?!
Mas se lá não me agrada?
E se o acolá não diz nada?
Só assim que pode ser?!

De olhos abertos, medindo o afeto em metro quadrado
Boquiaberto e parado
Esse é o passo da vez...








(sim, o de baixo foi baseado nesse!)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Dois pra lá e um pra acolá.

dança de dois pra um só.
não há esquerdo,
tá sem compasso.
e fica, sim, um pra cá.
dois pra mais de lá.

passo lento,
fora do ritmo.
desalento, descompasso.
e fica, sim, um pra lá.
dois pra mais de cá.

desbaratinado o coração segue
dança-dor.

(um mês depois, um salve)

domingo, 16 de setembro de 2007

se, e somente se.

Se o maior perigo fosse eu,
Estaria sempre num lugar assim:
Cercado de mim.

Se a salvação do mundo fosse os risos
Faria de cada esquina um circo,
Um picadeiro sem juízo.

Se a vida fosse linha reta
Faria um caminho cheio de vielas,
Ruas estreitas e sem fim.

Se o se fosse só um se
O porque um só porque
O corpo só uma carcaça
O paraíso só um sonho perdido

Ainda assim, me cercaria de mim.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

***correr

Como querer o que não se faz mais tão bem.
Sonhar com tudo sem saber. Sonhar.
Estar em tudo e mesmo sem saber, se aventurar.

Correr atrás do fundo profundo do tempo

Correr,
Correr,
Correr,
Sem ter nada, além do outro lado, pra chegar

Correr,
Correr,
E saber que não se resolve tudo de uma vez Dona TonTon.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

*** Esse adeus.

Esse adeus à distância quanto mal me faz.
Faz... quase nada amor.

O tempo seca,
já secou

Marcas sim,
mas não amor....

Foi grande para mim,
foi sim

Mas o que não se acaba?
O que não tem seu fim?
Mas o que não se acaba?
O que não tem seu fim?

Tudo em vão mais uma vez,
sem razão de parecer....sutil.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

...comigo.

Descompassado
Entorpecido
Era morte lenta
só mais um desafio

Pararia entre todos
gritaria p'ros perdidos.
Doeria feito corte
daqueles profundos e clínicos

Jogaria o seu jogo
me faria de amigo
casaria com seu primo
seria seu vizinho

Correria contra o tempo.
E choraria.
E morreria.
E te levaria...

domingo, 2 de setembro de 2007

É.

Corre contra o tempo,
contra o medo, contra o vento.

Passe longe,
olhe perto, sinta dentro.

Num dia comum, mórbido, frio.
Tá morno, sujo, esquisito.

O novo assusta,
a desconstrução, também.

Não há satisfação,
fica tudo entre o sim e o não.

Não tem porque dizer,
o que se passa não depende de você.

Não existe diferença,
estamos todos num barco só.

Não fale que já foi,
pode ser, ainda é.

Não jogue papéis ao vento...
o bilhete da loteria pode estar premiado.

Não brinque com a sorte,
talvez seja sua última chance de ser feliz.

Não troque a certeza
pelo que pode ser.

Mas corra atrás de tudo, tudo que te faz abrir um sorriso que brilhe mais que o sol dos dias de verão.

(velho)

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Surto.

E no começo são tudo flores.
Sabores, amores, cores.
Passa a ser desperdício.
De tempo, de coisas, de tudo.
Parte para ser desespero.
Folgado, calado, lento.
Corre pra ser desafio.
No frio, no breu, no silêncio.
No fim, desaba em choro
confuso, intenso e mudo.

Absur(t)o.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Pra você!

Quanto mais há espaços
Mais há espaços
Quanto menos espaços
Melhor de ficar.

Vou-me nessa parada,
descalça na estrada
É trilho e linha, metrô a passar

Queria te ver sem tanto esperar.
Cair nos abraços sem mesmo notar.
Chamar com carinho, te dar um beijinho.
Beijo no ouvido só pra estralar.

É dia, é noite, você no meu nome,
No afago, afeto, tão longe ou tão perto,
E não mude o jeito, não vai incomodar.

(bem pessoal)

Seria ser nuvem
Que se derrete quando tá quente de felicidade
E chora gelado quando tá triste
E deixa o mal pedir passagem

Seria sol que aquece quando faz frio
Neve ou iceberg
Teria um gelo constante dentro daqui
Assim, esqueceria de ti e de mim

Quisera eu não chorar de tristeza
Quisera eu, outrora, saber o que acontece agora
Faria como a terra que absorve a água p'ra nutrir as raízes
Seria beija-flor que tira o néctar, o melhor do girassol amarelo

Correria como o vento
Atravessaria o tormento sem ser visto por ninguém
Diria que sou forte, mesmo desabando em dessabor
Sorriria bem aberto se tivesse um coração chorando dentro de aqui

Egoísmo de um só.

Se fixaria em um só?
Ou só em ti?
Sairia no meio da noite em busca do licor azul de anis?
Choraria mágoas esquecidas?
Abriria feridas ainda não cicatrizadas?

E tu?
Roubaria aquele doce que seus olhos brilham só de pensar?
Aprenderia a cozinhar só pra agradar?
Desenharia um bigode na foto alheia?
Arrancaria dentes somente com duas ou três pinceladas de nanquim?

Fotografaria os olhos dormindo depois de uma noite sem fim?
Aprenderia a desenhar só para rabiscar os traços?
Faria uma montagem com histórias de gibi para ilustrar o tamanho do céu?
Compraria uma viagem só de ida para o infinito?

Depositaria gotas de orvalho para dar àquela planta que morre de sede?
Faria das lágrimas soro para curar a desidratação?
Doaria órgãos para ver viver um pouco mais?

Faria de conta que a briga não foi nada só para ficar logo de bem?
Diria em vão palavras soltas, tortas, mortas e formaria um poema bonito?
Tornaria inesquecível o dia de chuva e frio?
Buscaria no céu aquela estrela bonita que brilha enquanto falo de ti?


Seria capaz disso?

* * * A Fabula incompleta dos 3 atos.

balalaica que a outra tá cara
pinga pura pra matar a cigarra
que dona formiga ja nao güenta mais!
chamou a joana em confusão com a maria...
decidiu que hoje era seu dia
e que a grilagem vai ter que ficar pra trás
pois sexta-feira sua cabeça quer folga
e há muito tempo tal som já não lhe empolga...
e a cigarrete é que vai ter que pagar!

(eis que a formiga se torna agressiva...)

corda, cordinha fora da viola
mais uma noite num colchão já sem mola
e sem luau pra sua vida cantar
e tá perdida a mocinha da história
ta sem rima, sem sorriso e sem glória
mas sua volta vai ter que celebrar

e pega espinho pra fazer de tarracha
fruta pequena que nem sempre encaixa
chama Joaninha que ela dá uma asa
liga o Besourão que ele vem já com a brasa
e o sarau vai recomeçar.

Mas vem formiga com cara de brava...
não vem sozinha, traz logo a Lagarta
que é boa de briga e adora um agarra

mas mais que briga adora uma farra...

não resiste, chama Besourão, diz que fabula acabou porque o luau tá ficando é bom!

Três

Vai.
Que é tão pouco o que me traz.
Não sou tão disso assim.
E isso já não está em mim.

Sai.
Já não quero te ver partir.
Prenderei-me às lembranças.
Colocar-me-ei no vício da angústia.
Verei os retratos guardados em caixas.

Diga.
Que nada foi, nada é, nada será!

O peso da saudade, já não me deixa pensar.
E de ti, não quero mais saber.

* * * Gêmeas

Hei-de proclamar a minha vontade,
Tenho o dever de crer que não creio.
E assim me salvar
Nao crio o ranço da vingaça engolida do (no ) padecer do dia a dia
Eu que sempre quis me impôr pelo amor
N ão fujo mais daquilo que de fato me sobrou.
Hoje eu sou a bárbarie humana,vou me igualar ,injuriar, vou ser assim

Rompo com a razão pra dizer que o sossego vem fugaz
Vendo a vaidade que assim a noite é paz....


* * * ->

Nao sei se gosto mais da minha mae ou da tua
Se tomo um chá gelado,
Ou se embarco com fé pra lua..
O que me apetece se perdeu nos rumos da vida
Tanta má lida das unhas comidas

Sem ter eu aqui
Sem ser eu assim...

* * * Confidencias em seu nome

Nao troco mais confidencias em teu nome
Nao lhe protejo mais do mal comum
Só mais um amor é o que virou
Se tanto fez pra ti
Pra mim tambem ja foi

Volto sorrindo pra discórdia da minha vida
Sigo fingindo que fizeste em mim feridas
gigantes,
pequenas!
coloridas.
Foi o amor que assim curou...

E aquela flor que um dia me representou, perdeu sua fé na paróquia do amor...

* * * Como negar?!

Não há como negar o fato que seu retrato me faz tão bem

Meu bem, eu sei que tudo passa e que vc já foi
Mas nesta vida os filmes nao acabam ,apenas mudam de cor..

Asim como a minha e a tua flor
Que em seu cabelo ja não consta mais
Hj em preto e branco como eterno rivais ?!
Te peço trégua, um bocado de paz...

Para te lembrar com carinho e a saudade sorrir
Para te guardar tão aflito mas pra sempre sorrir...

* * * Ta aí...

Te dei minha renuncia de presente,
minha desistência formal
Pedi,
conspirei,
mas nada além de te imaginar
de te vestir de véu, sem par

Minha natureza corrimpida
Minha estupidez tão fingida

Ta aí.

É só querer que me enxergas como bem vindo vim ao mundo teu...

* * * Simples como o Sapo.

É na boca do sapo que tá todo mundo
Na boca do sapo
Costurei o absurdo

Tava seu nome lá..
Também não vou mentir
Tem dias que são de chorar

E tem os que são de sorrir

O frio é tanto
Mas já me acostumo
E o seu encanto
Já não é meu supra-sumo

Morro por ti
Mas sem sorrir
Que o seu tempo ja passou por mim....

* * * Coração Bomba

Toma essa bomba do meu coração...

Sedento e vazio.
Estreito e vazio.
Tão pouco e febril.
Tão chucro
e com frio...

Eis a porta aberta pra ti..
Fingir...
Que não há mais glória em partir
Que toda a história é fingir
Por fim ser quem nao foi igual a ti...

Meu bem sigo só e bem dançando
Que todo pranto é suor!!!!!

* * * Pus

Pus seu nome no pedestal mais raro que encontrei
E negando a comédia de seus atos da própria boca lhe jurei
Coisas que nao se podem mais cumprir....

Delirios certos de um cego ,
devaneios sem rodeios de quem quis acreditar....

Pensar,
em ti , hoje é fugir
eu ja nao fujo mais....

Pensar,
em ti , hoje é fugir
eu ja nao fujo mais....

É , já nao penso mais...

* * * Azedo?!

Num antro sujo

Bem pra lá do fim do muro

Vem sua voz me atormentar

Num laço mal feito de sabor azedo vem me buscar

* * * Sou...

Sou oco
Opaco
Sou pouco
Sou raso

Sou todo miséria
Sou todo ilusão

Quem dera um dia batesse a porta
Poesia real...
Mais uma canção?!

Sou fosco
Sou raro
Sou fraco
Disparo

Com toda minha voz
Minha dedicação

Quem dera um dia batesse a porta
Poesia real...
Mais uma canção!

Disritimia.

Durma medo.
Durma e morra.
Estarei no velório, no enterro e na missa de sétimo dia.
Dançarei lambada no seu caixão.
Rirei feliz quando você se for, diferente de se a felicidade me largar naquela esquina.
Velarei seu sono eterno.
Lembrarei das bodas de papel, bronze, prata e ouro.
Comemorarei.
Farei um brinde dedicado à sua falecida audácia ao me pôr em dúvida.
Direi que você foi meu melhor amigo, mas que foi ainda melhor assim.



Serião, mas só se você morrer.
Morre aê!

* * * Certo

Certo,
tudo acabou, mas não venha me alegar que foi tudo em vão ou em prol do amor
O nome disso eu sei que não é rancor.
Não pode ser rancor...
Vou te rodeando para não esqueceres de mim
Mudo meu cabelo, pinto seu pedestal para não te ver partir.

Espirro.

Seu rancor hoje me alimentou
não sinto mais o seu cheiro,
nem seu sabor...

Se te atravesso feito pó
é porque só o pó restou pra mim.

E agora?
Minha saúde?
Só espirro, será o meu fim.


(rá!)

Corre.

Corre de tudo, do medo, do absurdo
Corre de ti, daí e daqui.

Sustenta teus vícios e
pula no escuro.

E porque não?
É a fuga da percepção?

Seria mito ou seria tão?!


(acho que isso é fugir demais)

* * * Mambembe

Eu só quis te roubar para sempre.
Casar contigo em um filme mambembe.
Roubar algumas estrelinhas pra gente.
Fazer-te mais que uma linda mulher contente !

Mas entre nós os gatos, todos os retratos que quis tanto despedaçar.
São simples os fatos, eis a lama nos sapatos que jurei evitar.

Quebrastes meu coração em mil pedações de insônia
Entregues por sedex pela via –Patagônia

Mas no fim mulher se te achas melhor por me ter aos seus pés...

Saibas hoje acabou!
Terminou minha fé...

* * * Pequenina

Cada cachaça amarga que corre em meu peito
Neste momento me faz bem como ninguem

Se nesta vida pequenina nao fores minha
Eu lhe prometo
Só serás de um mais alguem

Pensei em flores pra te trazer pra mim.
Sonhei amores com você sempre no fim.



* * *

Na santa paz?
Na santa paz de Deus?
Quem quer Deus?
Quem quer paz?

Quem faz Deus?
Quem faz paz?

E a galope o que é que Deus faz?!

Start

O que é que entorta
as curvas da nota?
É o compasso, o espaço,
a contradição!

O que é importa
Nos desvios da rota?
É o estranho, o marasmo,
fuga na canção!